quinta-feira, 10 de abril de 2014

Artigos Publicados

Os seguintes artigos que escrevi. foram publicados em jornais regionais e católicos como: Diário do Minho, Jornal de Santo Thyrso, A Ordem, Caldas da Raínha, Açoreano Oirental, Comércio do Seixal e Sesimbra, Presente de Leiria, Jornal Diário de Maputo, O Ribatejo, Jornal Castro d'Aire e Jornal de Chaves:

- Afinal temos quatro idades;
- Queridos Avós;
- Envelhecimento Positivo e Solidariedade Intergeracional;
- Cuidados Paliativos;
- Velho e só;
- Introspetiva;
- Direções Flageladas;
- Então é Natal;
- Exclusão a olho nu;
- Notícias de última hora.
- A Relatividade do tempo
- Cuidado com os cuidadores


Os artigos mencionados tratam de temas relacionados com a Gerontologia.

Nos comentários deste Post, encontram-se os respetivos artigos e também nos links que se seguem:


http://www.jornaldascaldas.com/Velho_e_so

http://www.acorianooriental.pt/artigo/direcoes-flageladas

http://www.oribatejo.pt/2014/04/03/a-exclusao-a-olho-nu/

http://diariododistrito.pt/index.php?mact=News,cntnt01,detail,0&cntnt01articleid=2104&cntnt01origid=84&cntnt01returnid=79


http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/444539-noticias-de-ultima-hora

http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/457093-a-relatividade-do-tempo

http://content.yudu.com/Library/A32z75/Edio264/resources/index.htm?referrerUrl=http%3A%2F%2Ffree.yudu.com%2Fitem%2Fdetails%2F2268503%2FEdi----o-264  (página 10)

18 comentários:

  1. Afinal temos quatro idades!

    Como sabemos, as alterações demográficas em Portugal revelam-nos atualmente, um país envelhecido e com tendência a envelhecer muito mais! Temos de aceitar esta nova realidade e iniciar um conjunto de estratégias para que possamos envelhecer de um modo saudável e da forma mais bem-sucedida, tanto quanto possível!
    Destas modernas alterações, aumenta e é desenvolvido também o estudo da Gerontologia que permite compreender o processo do envelhecimento sob diversos níveis.
    A gerontologia distingue-se da geriatria que representa o aspeto terapêutico da gerontologia, ou seja, a gerontologia estuda o envelhecimento e a geriatria estuda a forma de lutar contra os efeitos do envelhecimento.
    Uma das primeiras curiosidades aprendidas no estudo da Gerontologia diz respeito precisamente à idade que temos!
    Todos nós conhecemos alguns casos, de pessoas que têm uma idade diferente daquela que vem nos documentos de identificação. Há pessoas que nasceram num determinado dia e por diversos motivos (incluindo multas que eram aplicadas), só foram registadas dias ou meses e algumas, até anos depois! Mas fora essas situações, que há cerca de setenta, oitenta anos decorriam com alguma frequência, sempre pensei que toda a gente sabia a idade que tinha. Até ao dia em que descobri que não temos apenas uma idade, mas sim, quatro idades!
    A primeira idade é a idade cronológica, que corresponde ao número de anos que temos desde o dia em que nascemos. É aquela que toda a gente sabe e que responde automaticamente quando lhe é questionada.
    Mas para acompanhar esta “mais conhecida”, a idade cronológica, temos também a idade biológica, a idade psicológica e a idade social.
    A idade biológica representa o envelhecimento orgânico, ou seja, a idade que os nossos órgãos têm, pois em alguns casos, determinados órgãos podem sofrer um envelhecimento precoce. A idade biológica é determinada pelo estilo de vida e também pela hereditariedade, o que faz do envelhecimento um processo bastante diferencial. Por exemplo, duas pessoas de 75 anos cronológicos nascidas no mesmo dia e mês, podem ter idades biológicas bastante distintas, se uma optou por um estilo de vida saudável e outra não.
    A idade psicológica é identificada através das competências comportamentais. Ela inclui as capacidades mnésicas (a memória), as capacidades intelectuais (a inteligência) e as motivações para o empreendimento. Sabe-se que, a manutenção destas competências permite uma maior conservação de autonomia e controlo.
    Já a idade social refere-se ao papel, aos estatutos e aos hábitos da pessoa, relativamente aos outros membros da sociedade. Por exemplo, socialmente parece haver uma alteração de estatuto quando um individuo passa da condição de trabalhador a reformado.
    Existem alguns testes que permitem medir “as outras idades”, como por exemplo o teste da elasticidade da pele, da velocidade de reação e do equilíbrio estático.
    Com isto, deixo-vos a questão: afinal que idade tem?

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    1. (recebi esta resposta ao artigo de um leitor que se prefere manter anónimo)

      A sério? Dito com essa convicção e sabedoria eu acredito mesmo, e espero ainda chegar à 5ª idade, de preferência com profissionais assim a tratarem de mim...
      Segredos de pele? Pois, amor, amizade, simpatia, empatia e já agora, um cremezinho também deve ajudar…
      Uma sexagenária louca de amor pela vida e pelos que insistem em fazer da vida dos outros Um Lugar Feliz.

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  2. Queridos Avós

    No passado mês de Julho, dia 26, comemorou-se o Dia Mundial dos Avós que, na minha opinião, não deve ser encarado pela sociedade como “mais um dia de consumismo” mas sim, um dia de grande e merecida homenagem aos familiares mais velhos que além de serem por norma uns queridos (os meus são), representam um papel de louvar na sociedade contemporânea.
    O dia dos avós é comemorado dia 26 de Julho, porque é o dia de S. Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e avós de Jesus, sendo estes os padroeiros dos avôs e das avós.
    Já la vão os tempos em que os mais velhos da família viviam sob o mesmo teto das gerações sucessoras de genes e apelido.
    As avós por norma, eram viúvas porque a esperança média de vida de um homem nos anos 50 era de 60 anos. Elas, eram as chamadas matriarcas e tudo o que se passava na família ou à volta da mesma, não podia decorrer sem o seu consentimento. Eram detentoras de um respeito que se conseguia sobrepor à figura masculina mais velha (filho ou genro) devido à idade. Ou seja, a idade era estatuto.
    As crianças e jovens que assistiram e viveram nesse, hoje em dia, adultos ou gerontes, supunham talvez que o mesmo lhes fosse suceder, ou seja, ainda havia algo de positivo em chegar a uma certa idade e ser avô ou avó perante uma família que trata com o maior respeito e dignidade possível.
    O cenário da atualidade mudou e apesar da grande autoridade e respeito que se perdeu, os avós estão mais flexíveis e tolerantes com os netos e restantes familiares. Por norma, os avós cedem com mais facilidade aos netos do que cediam aos próprios filhos e aproveitam a oportunidade de ser avós para corrigir algumas falhas que admitem ter cometido com os filhos. Os avós são também uma fonte inesgotável de sabedoria que surpreende a curiosidade dos netos e como também costumam ter mais paciência que os pais, transmitem-lhe muitos e importantes valores que são levados com os jovens para a vida.
    Além de educadores, que são em muitos casos, os avós têm um papel preponderante na sociedade em geral. São simultaneamente alicerces e telhado de crianças e jovens em risco e evitam em muitos casos, que os netos vão para orfanatos, que passem fome e outras necessidades, ou que não vão à escola, ou que comecem a trabalhar precocemente.
    Na maioria dos casos, os avós dedicam uma boa parte da sua reforma a tomar conta dos netos que, atualmente passaram a deixar de contar com a presença maternal permanente devido à emancipação feminina e à entrada da mulher no mercado de trabalho e em muitos casos, de progressão na carreira profissional. Assim, na ausência dos pais, os avós são os adultos responsáveis e chegam por vezes a ser sobrecarregados com várias responsabilidades inerentes, tornando-se em alguns casos, “escravos” dos próprios filhos.
    É por estes motivos e por mais uns quantos que não foram referidos, que devemos o maior respeito a todos os avós. E sobretudo, lembrarmo-nos (não só no dia dos avós, mas sempre) de que a companhia, o carinho e o afeto são gratuitos e constituem a melhor forma de pagarmos tudo o que os avós fazem pelos netos e pela família em geral.

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  3. Envelhecimento Positivo e Solidariedade Intergeracional

    Nos dias 18, 19 e 20 de Outubro o Instituto Politécnico de Castelo Branco e a Universidade da Extremadura (espanhola) uniram-se para o VIII Congresso Internacional Luso-espanhol . Apesar da assistência ser maioritariamente jovem, o tema foi o Envelhecimento Positivo e a Solidariedade Intergeracional.
    No ano europeu de Envelhecimento Ativo, este foi o tema-chave de grande parte das conferências proferidas por professores, profissionais e especialistas das áreas de saúde e ciências sociais e em particular de gerontologia. Além de terem partilhado os seus conhecimentos e investigações também partilharam alguns projetos inovadores colocados em prática em Portugal e em Espanha.
    Temas como a dependência, o sofrimento, a solidão, quadros demenciais, violência e negligência na população idosa foram abordados apesar do título “Envelhecimento Positivo”, pois, para que possa haver um envelhecimento bem-sucedido tem de haver conhecimento e estar alerta para estes fatores de risco. Nesta sequência, poder atuar-se na prevenção sempre que possível e amenizar os fatores negativos quando já há algo instalado.
    Ter conhecimento dos vários aspetos bio-psico-sociais é adquirir ferramentas para melhorar a intervenção gerontológica e assim, caminhar para uma maior qualidade de vida – quer na autonomia, quer na dependência, quer na morte – e sucessivamente para um envelhecimento mais positivo.
    O envelhecimento demográfico de que todos temos ouvido falar foi referido e curiosamente também sob uma perspetiva positiva mas completamente realista, já que traduz uma melhoria nos avanços da saúde e aumento da esperança de vida. O único problema – que está a inverter a pirâmide etária – é a diminuição da natalidade.
    As relações intergeracionais surgiram no congresso como um veículo de partida para atingir um envelhecimento mais positivo, já que os contactos intergeracionais promovem benefícios quer para os novos, quer para os velhos e constituem uma forma útil e natural de inter-ajuda: porque se por um lado os novos têm a capacidade de poder atualizar os velhos, estes, podem transmitir valores e tradições, (alguns até “em vias de extinção”).
    Os projetos apresentados no Congresso, assumiram a prática aplicada das diversas teorias, demonstrando que é possível aplica-las na realidade desde que haja boa-vontade dos técnicos e das organizações, mas mais do que isso (e isto é fundamental), a aplicação do conhecimento e seguimento das metodologias. A intervenção dos profissionais gerontólogos deve caminhar sempre para ajudar os gerontes a construírem o seu próprio envelhecimento e isto, tem de ter em consideração, acima de tudo, o outro. Quem é o outro, de onde vem, quando e onde nasceu, de que religião é, onde e como está, etc.
    Obviamente, quando se fala em envelhecimento positivo, bem-sucedido ou ativo, não podemos dissociar este “fenómeno” da atividade. De ter uma vida ativa, de estimular o corpo, a mente e as relações sociais. Há que aumentar a atividade física diária, relacionar-se com os outros, envolver-se na sociedade e ainda, revitalizar a mente! Sobre este ultimo ponto, a neuroplasticidade surgiu também neste congresso, como um conceito, sobretudo portador de grande carga de otimismo, ao garantir aos profissionais (especialmente de reabilitação), que tudo pode melhorar, uma vez que o cérebro é plástico e tem a capacidade de regenerar e de criar alternativas!
    Assim, assumir o envelhecimento precocemente – pois estamos a envelhecer desde que chegamos ao mundo e a cada segundo que passa – é providenciar medidas extrínsecas, que podemos controlar, para envelhecer de um modo saudável, abrangendo tudo aquilo que é a saúde – física, psicológica e social.

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  4. (continuação de Envelhecimento Positivo e Solidariedade Intergeracional)

    Antes de concluir, devo congratular e felicitar todos aqueles que foram partilhar o saber, projetos e práticas e também a comissão organizadora que uniu duas universidades ibéricas e juntou várias pessoas que foram falar e ouvir, partilhando todos os que lá estavam o gosto e interesse por esta temática.
    Agora, para finalizar e dirigindo-me a toda e qualquer pessoa, de qualquer idade e região que deseje um envelhecimento positivo, sugiro que comecem pelo pensamento positivo e pelas atitudes positivas, pois estes ajudam-nos a sermos mais felizes e se estamos mais felizes, tendemos a sorrir mais e a ter uma postura mais solidária, influenciando o nosso próprio bem-estar e daqueles que nos rodeiam.

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    1. (recebi esta resposta ao artigo de um leitor que se prefere manter anónimo)

      Porque será que os Media fazem muita agitação com as desgraças e não informam minuciosamente do muito e bom que por esse país vai acontecendo? Sim, há um ou outro caso que são profissionais e agem como tal, mas a grande maioria intoxica em vez de informar, desinforma, distorce de forma maquiavelicamente macabra…Porquê? Que eu saiba o Código Deontológico dos Jornalistas não foi alterado, mas toda a gente sabe que não é cumprido nem respeitado. Qual será a ideia? Com tanta coisa boa a acontecer a todo o momento é deveras preocupante a tendência mórbido-patológica de repetir, insistir até à exaustão no sensacionalismo gasto, desgasto e démodé…

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  5. Cuidados Paliativos

    Embora tivesse algumas luzes sobre o conceito de Cuidados Paliativos e a forma como esta Rede funciona, nunca esperei que algum dia tivesse alguém tão próximo a necessitar deles.
    Infelizmente a minha família e eu deparámo-nos com esta situação o ano passado e venho assim, trazer um pequeno testemunho para quem neste momento esteja a passar por semelhante situação.
    Quando sabemos que alguém que nos é muito querido não se encontra bem, ficamos naturalmente preocupados e tentamos, mediante os nossos recursos tentar solucionar a situação. No fundo, quando protegemos alguém de quem gostamos, estamos simultaneamente a protegermo-nos a nós também.
    Porém, quando a esperança de que aguardamos é-lhe finada, é difícil saber como reagir e some-se o sorriso e o ânimo de que tanto precisamos para darmos ao outro - aquele que realmente precisa.
    O processo de morte implica um confronto drástico com a inevitabilidade da finitude humana com a qual quem cuida e, neste caso o familiar ou amigo, tem de se confrontar – o que não é, nem pode ser linear.
    Compreender e aceitar a morte do outro é também fazê-lo perante a nossa própria morte, projetando que um dia também o nosso trajeto vital será concluído. Trata-se portanto de um trabalho inicialmente psico-emocional e espiritual que possibilita uma posterior abordagem assertiva e integral à pessoa que se encontra declaradamente em fase terminal da sua vida como consequência a uma doença crónica, irreversível e incurável, com o objetivo último de proporcionar um final de vida digno e com a maior qualidade possível.
    No momento em que se vive esta situação, é extremamente complicado, racionalizar que tipo de ações ou atitudes poderão proporcionar dignidade e qualidade. Pelo que, penso que seja o doente (até poder), decidir o que quer, aquando a tomada de uma decisão. E quando o doente já não pode decidir, por falta de meios próprios e capacidade, neste caso, fazer aquilo que, sabem que ele gostaria mais.
    O modo como atendemos e cuidamos o outro espelha aquilo que somos e sentimos, assim a forma como lidamos com o processo de morte e o morrer condiciona a conceção individual de Cuidados Paliativos e, consequentemente aquilo que seremos capazes de fazer para alcançar o melhor para o doente.
    De acordo com esta minha recente vivência, no processo de morte da minha familiar, tentei ao máximo, encarar com serenidade, (numa tentativa de transmitir tranquilidade) que resulta de um trabalho interior de assimilação racional da morte enquanto parte integrante da vida – a morte é a condição para a vida; contudo, conhecer antecipadamente a inevitabilidade dessa situação num período de tempo conhecido através de um diagnóstico de doença terminal, sendo calculado um prazo à vida, torna-se uma situação perturbante.
    Não obstante ao inicial choque e sofrimento avassalador que envolve o doente ao conhecer um prognóstico de morte, acresce ainda a família e amigos que também vão entrar num processo de luto, sendo basilar um acompanhamento global e personalizado desta rede. A Rede ajuda-nos a conquistar uma aceitação para encontrar uma esperança realista com base no que ainda é possível em dado momento, além do mais é um apoio permanente quer para o doente, quer para a família, no esclarecimento das várias dúvidas que vão surgindo, no próprio cuidado que dão, na disponibilidade que demonstram. Quanto ao que fizeram pela minha avó, agradeço eternamente, pois foram incansáveis em todas as formas de apoio durante todo o processo.
    Acredito que o sofrimento não está na morte per si, mas sim na forma como se viveu – o que se fez, o que ficou por fazer e dizer. Para o doente acresce o medo da morte propriamente dita – o que irá sentir, a dor – o desconhecido, a necessidade de encontrar conforto nos últimos momentos de vida, encontrando a paz interior em que todos os assuntos e compromissos estão encerrados, os pedidos de desculpa e as declarações de amor esgotadas, e por fim o espirito conquista uma leveza efetiva.

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  6. (continuação de Cuidados Paliativos)

    Não vale a pena esconder, mentir ou ignorar a inevitabilidade do derradeiro dia. Vale sim a pena, preparar o melhor possível esse acontecimento. Dando a oportunidade ao doente para finalizar os assuntos pendentes e tranquiliza-lo de que faremos o que pudermos para atender aos seus desejos. E não obstante, que todas as formas de carinho, todas as palavras verdadeiras e sentidas, devem ser transmitidas ao doente por aqueles que o amam. A certeza de ser amado, vale mais do que qualquer tranquilizante químico.
    É nas situações críticas que cada pessoa conhece a sua verdadeira capacidade de resiliência, encontrando forças interiores que habitualmente desconhece e, admiro profundamente essas pessoas, a forma como lidam com o próprio sofrimento e com o daqueles próximos que as rodeiam.
    No meu entender, o grande conforto para o familiar é poder sentir-se privilegiado pela oportunidade de poder acompanhar e ajudar toda esta rede humana, procurando e auxiliando na concretização de objetivos finais e apoiando a réstia de esperança por uma morte calma, digna, e com o máximo conforto possível.
    Os cuidados paliativos não são determinados pelo diagnóstico da patologia em si, mas sim pela situação e necessidades que o doente ostenta, de forma global, sendo direcionado claramente para aqueles que estão em fase final da vida. Este desenho final, não obstante a todo o sofrimento que acarreta ao doente, familiares/ amigos, e mesmo aos cuidadores formais, permite uma preparação emocional para aquilo que é inconjurável. Ou seja, procuro dizer que uma morte expectável permite um tempo de assimilação da realidade, preparando e gerindo o fim de vida e oferecendo apoio no luto, a fim de alcançar a aceitação e a paz de espírito, traduzindo um longo e doloroso trabalho interior, mas que foi concretizado.

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  7. Direções flageladas

    O que venho abordar é mais um dos flagelos da nossa sociedade: As direções das instituições!
    Vou abordar o assunto, direcionando-me um pouco mais para instituições de acolhimento ou residência de idosos, no entanto, esta situação acontece também em outras áreas e em diferentes organizações.
    Para quem não sabe, passo a esclarecer que a maior parte das instituições para seniores dispõe de uma direção técnica – do qual faz parte um diretor técnico e os restantes técnicos da instituição (obrigatório por lei) – e também de uma direção política ou uma gerência – trata-se dos proprietários quando é uma instituição privada ou de um quadro político quando é uma IPSS.
    Cabe às direções técnicas a regulamentação e o cumprimento de normas assim como o mantimento de qualidade de vida. Está a direção técnica preparada para o cumprimento destas normas? Sim, é suposto estar! As pessoas que constituem uma direção técnica são por norma formadas em diversas áreas do saber, fundamentais e integrantes para a vida dos seniores. Trabalham em equipa, para que estes possam ter melhor qualidade de vida e dignidade ao cuidado da instituição até ao fim dos seus dias.
    Relativamente, aos proprietários ou presidentes dos lares, estes devem confiar plenamente no seu diretor técnico e assegurar-se de que o mesmo está a desempenhar as suas funções o melhor e mais conveniente possível, segundo as suas diretrizes bases e orçamentos possíveis.
    Mas os proprietários ou presidentes devem tratar da administração. O trabalho técnico está a ser desenvolvido por quem sabe. A frase “ordens da direção (presidencial)” não serve como justificação nem como desculpa para nada. As decisões não devem ser unilaterais nem surgir de um qualquer tecnocrata. Devem ter sempre uma justificação plausível, sensata e fundamentada!
    E é aí que encontramos o tal flagelo. Quantas instituições não desenvolvem projetos, por interferência da gerência? E não estou só a falar de cancelamentos ou não-aprovações por reduções de custo. Estou a falar de “meterem o nariz” onde não são chamados e ter autoridade em decisões importantes, apenas por intuição, porque sendo a área das ciências sociais e humanas uma ciência não exata, tem uma linha muito ténue entre aquilo que é cientifico e o senso-comum. Então, todos, independentemente da formação que tenham, pensam que percebem do assunto e que os técnicos responsáveis pelo desenvolvimento do seu próprio trabalham chegaram a determinado conclusão e formularam uma proposta, porque uma estrela cadente lhes passou pela cabeça ou porque dormiram mal…
    Ironias à parte, não pretendo ofender, nem causar pesos de consciência a ninguém! Pretendo que cada um, individualmente, pense naquilo que anda a fazer. Que se defina bem quem é a direção presidencial e quem é a direção técnica e se remeta única e exclusivamente às suas obrigações e deixe trabalhar quem estudou para isso e (supostamente) sabe o que anda a fazer. Ficam todos a ganhar e principalmente os utentes/ residentes do espaço!
    A gestão das organizações é o processo de alinhar pessoas e atividades na prossecução de objetivos comuns de forma eficiente e eficaz. Esta deve preocupar-se mais com os meios e as técnicas para alcançar os objetivos do que com o fim.
    E se acham que os utentes não são prejudicados com estes anti-sistemas de gestão então desenganem-se, pois, podem não ser afetados diretamente mas, acabam por ser indiretamente.

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  8. (continuação de Direções Flageladas)

    Não podemos permitir que continuem frequentemente com estes abusos de poder, pois só nos leva a uma “anti-gestão” e demonstra que estamos claramente a viver uma enorme crise de valores.
    Na Alemanha, utilizam já há muito tempo, o sistema de pirâmides invertidas nas instituições, fazendo com que o utente seja o impulsionador da ação e que a direção presidencial seja a aprovadora do projeto da direção técnica. Já que gostamos tanto de copiar o que há e fazem nos outros países, porque não copiarmos aquilo que fazem bem e que resulta?
    Resta-me felicitar com orgulho todas as organizações e instituições portuguesas que trabalham segundo princípios éticos, respeitando todas as pessoas que nelas trabalham e dando liberdade aos profissionais para exercerem as suas funções o melhor que sabem.

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    1. (recebi esta resposta ao artigo de um leitor que se prefere manter anónimo)

      Mas quem é e onde paira este ANJO que parece ignorar que os números falam mais alto do que as PESSOAS, ou pelo menos no mundo de surdos-mudos em que vivemos assim parece acontecer. Diz o Papa Francisco: “ESTA ECONOMIA MATA”, pois Ele lá saberá mais e melhor do que nós todos juntos o que o leva a afirmar alto e bom som tamanha VERDADE.
      Humildes mortais como esta jovem profissional, cheia de boa vontade, aliada a tantas outras boas-vontades que por aí proliferam, não são capas de revista, nem escrevem best-sellers, mas conhecem e praticam o valor da vida, a riqueza de ajudar os outros e de acreditar que com o seu labor e esperança o mundo ainda pode vir a ser um lugar onde vale a pena viver, é que me dão a certeza de que VALE A PENA, VALE A PENA, VALE A PENA!

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  9. Então é Natal

    Estamos prestes a entrar na época mais iluminada do ano. Em Dezembro já não há ruas sem luzes em formato de sinos ou anjinhos, centros comerciais e montras de lojas que não estejam artilhadíssimas!
    Dizem que o Natal é das crianças e até aí todos compreendemos porquê. Jesus nasceu e é “o menino” no Presépio, um menino que nasceu num estábulo. Com certeza que teve três presentinhos oferecidos pelos Reis Magos, mas nenhum deles era “Chico, Cenoura ou Famosa”…
    As crianças e o consumismo. Para estas crianças, o menino Jesus não passa de uma figura do presépio (quando há e lhes é ensinado quem é) e em contrapartida, o Pai Natal multiplica-se por todo o lado, inclusive no mundo imaginário das crianças, amaldiçoadas por galinhas e hipopótamos que tanto apelam ao consumo, pela fome de prendas a escorregar chaminé abaixo e o poder mostrar que se tem. Algo que no fundo nem se quer ou vai ficar a maior parte do tempo arrumado a um canto…
    Poderíamos tentar mudar esta realidade. O que é facto, é que antigamente, aquilo que era uma festa religiosa e tinha um grande sentimento de fé e aproximação a Deus no seio familiar, é hoje em dia uma época de stress, correrias e de fazer contas à vida, de tal forma, que há quem entre em Janeiro sem um tostão para se governar…
    Mas como não sou ninguém para julgar o estilo de vida de cada um, gostaria apenas de alertar as pessoas, no sentido de se debruçarem sobre uma realidade recente e de certa forma, poderem também afastar-se do stress “compulsivo-consumista-natalício” e viverem esta quadra com os verdadeiros valores do Natal.
    Existem na nossa sociedade muitos idosos que não podem nem têm com quem partilhar estes valores. São pessoas isoladas ou que simplesmente, o mundo se esqueceu delas. Lembrem-se que a maioria dessas pessoas, viveram o Natal numa época em que não se pensava em consumismo e as maiores extravagâncias estavam na alimentação. Comer perú ou bacalhau, na maioria das famílias, era um acontecimento reservado apenas para o Natal. E as crianças ficavam felizes em receberem com meia dúzia de chocolates ou “roupa nova”!
    Os nossos idosos não estão à espera de receber um presente, estão à espera de sentir um abraço. Trocam mil vezes, comidas exuberantes por uma conversa amiga. Não querem luxo, querem amor.
    Nesta época, lembrem-se dos idosos que estão sós. Pensem que eles podem relembrar-vos o que significa o Natal e qualquer um de nós pode partilhar esses valores sem correrias e sem dar conta do orçamento familiar.

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  10. Exclusão a olho nu

    Dia 15 de Fevereiro, no Correio da Manhã, constou uma notícia chocante “de um casal de idosos que cometeu suicídio para não ser um fardo para os filhos”. Não podendo ficar de forma alguma indiferente a esta situação venho tentar abordar esta temática para que todos possamos refletir.
    Segundo consta na notícia, este casal inseparável do Reino Unido sofreu recentemente algumas limitações devido a problemas de saúde de ambos. Fazia parte dos planos dos filhos encontrar uma solução que poderia passar eventualmente por internamento em lar. A primeira reação do pai ao perceber os planos dos filhos não foi a melhor, mas nada apontava para uma tentativa de suicídio.
    Ao chegar a uma determinada idade, começa a ser natural o aparecimento de algumas patologias e consecutivamente alguma dependência. Acontece que, a forma como as pessoas encaram essa situação varia de pessoa para pessoa que tem a ver com inúmeros fatores, como a educação, a localização, a religião, a satisfação para com a vida, etc… . Mas não querer ser um “fardo” para filhos e netos, ou para quem quer que seja é um sentimento bastante comum e natural em todas as pessoas.
    Estes sentimentos fortemente negativos acerca da terceira idade são induzidos em grande parte, pela sociedade que apela sempre à juventude, à saúde, liberdade e beleza como êxtase humano e condição primordial para o sucesso e acarinhamento de outrem.
    Se continuamos neste caminho, ninguém aceitará a idade avançada como uma bênção e uma enorme oportunidade que a vida ofereceu para viver e poder ser feliz! Todos os “constrangimentos” associados à idade deveriam ser encarados como naturais (que o são) se a sociedade incutisse isso na mente humana… já basta para o próprio, ter de lidar com a doença e deficiência associada à idade - que não deve ser tarefa psicológica fácil - não é necessário que a sociedade continue a reforçar os aspetos negativos desta etapa humana. As pessoas deveriam sentir-se bem, normais em qualquer idade ou condição.
    Também o Papa Francisco faz o apelo por um maior respeito para com os idosos, incluindo os que padecem de doença, deficiência ou estão em situações de sofrimento. Todos, sem exceção, não devem estar inseridos nesta “cultura descartável”, nem submetidos ao abandono, exclusão e privação de amor.
    A preocupação do Papa Francisco é evidentemente um olhar perspicaz e certeiro sobre a condição humana e em foque naqueles que fazem parte dos excluídos, dos esquecidos e dos abandonados.
    Se aquilo que distingue o nosso cérebro dos computadores, é o espírito e a consciência, então faço o apelo para que todos demonstrem essas características somente humanas.

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  11. Velho e só

    A cada dia que passa, se ouvem e se leem mais e mais notícias sobre idosos encontrados sozinhos e por vezes até mortos nas suas casas. Qual será a ligação entre a solidão e o envelhecimento e o que leva as pessoas a passarem a ser “anónimas”, desapoiadas e desintegradas da sociedade?
    Que acontecimentos ao longo da vida poderão levar a um estado solitário na terceira idade?
    Se a solidão é um contributo para a exclusão social na terceira idade, que reflexões poderemos fazer? O individuo não terá deixado descendentes ou amigos? Onde estão os laços afetivos que supostamente se vão criando e reforçando ao longo da vida?
    Foram as drásticas as alterações demográficas a que se assiste neste novo século e que nos direcionam para este tipo de questões: O índice de envelhecimento da população é de 129, ou seja, verifica-se que por cada 100 jovens há atualmente 129 idosos.
    De acordo com esta situação é importante que o envelhecimento seja bem-sucedido e que a longevidade tenha qualidade. E dentro dos preâmbulos de qualidade de vida, está definitivamente, o sentido de pertença.
    O idoso de hoje em dia, é visto de forma muito diferente do idoso de antigamente. Antigamente, as famílias eram numerosas e esperava-se que os elementos mais velhos vivessem com os restantes familiares até à hora da sua morte. Hoje, os idosos que um dia tomaram conta dos seus progenitores, esperavam que o mesmo lhes sucedesse, mas, a transformação da sociedade faz-nos querer que muitos idosos vivem em lares ou sozinhos nas suas casas.
    O papel das famílias é fundamental para a o bem-estar geral do idoso. Porém, este é um assunto delicado que por vezes, nos coloca grandes questões. Somos constantemente confrontados com discursos moralistas e pouco realistas, que remetem para a esfera familiar todo o tipo de apoios e cuidados de que os idosos, especialmente os mais dependentes, necessitam.
    Apesar da diversidade de casos, de famílias que se exaustam em prol dos seus entes queridos e do extremo daqueles que os desprezam, não podemos negar que a família é uma base na nossa vida, onde temos o nosso vínculo, onde sentimos a pertença, estamos protegidos e nos sentimos amados.
    Esta, quando estruturada e unida, ajuda o idoso a ultrapassar grandes desgostos como a viuvez e a morte de alguém querido.
    A forma como os idosos se vêm a si mesmo é por vezes tão distorcida quanto a sociedade incita. Vêem-se desenraizados dos seus papéis sociais, distantes das suas relações, inundados de incapacidades e desvinculados dos seus pertences. A entrada na reforma, é por vezes controversa e pode originar alguma vulnerabilidade, quer em termos sociais, monetários, como pela modificação do estatuto ou prestígio na sociedade e, que, podem desencadear em algumas pessoas sentimentos de solidão e isolamento.
    A viuvez, é outra situação de risco para a solidão se não houver um apoio, amizade e alguém que transmita bem-estar e ajude a ultrapassar essa etapa tão difícil.
    O processo de envelhecimento humano é definitivamente um processo individual, pois é condicionado pelos fatores intrínsecos, extrínsecos e pelas condicionantes e experiências da vida. Contudo, é também coletivo, porque é vivido em sociedade, é um processo partilhado e é cíclico.
    Existem serviços que podem ser utilizados no combate à solidão e em simultâneo que ajudem no mantimento das capacidades físicas e cognitivas, como é o exemplo os centros de dia ou então, a frequência de desportos ou ateliês de interesse individual.

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    1. Comentário de Fernando Rocha: http://www.misturagrossa.net/2013/velho-e-so-uma-cronica-exemplar-de-sara-beja/

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  12. (continuação de Velho e Só)

    É fulcral, que se extermine a imagem negativa relativa à população idosa. O preconceito em relação aos mais velhos, está de tal forma enraizado na mente das pessoas, que as próprias pessoas idosas, o têm em relação a si mesmas. Esse sentimento predominantemente negativo na sua autoimagem é um veículo de desvalorização pessoal e redução da autoestima. Enquanto, que, se o contrário se fizesse, no sentido de admirar e valorizar as suas experiências de vida e conhecimento de tradições antigas, as pessoas teriam uma melhor autoestima, uma imagem mais positiva sobre elas mesmas e orgulho em serem idosas.
    Apesar do idoso poder ser reformado, não significa que esteja menos ativo, não estão necessariamente mais doentes e/ou dependentes, não significa que esteja excluído da sociedade ou que esteja alienado.
    Ser idoso não significa estar condenado à solidão e viver sozinho pode ser símbolo de independência e autonomia e estar só pode ser a oportunidade para organizar e reconstituir o seu funcionamento.
    Para finalizar, importa referir que a amizade é um ponto fundamental para que muitos idosos consigam ter o apoio necessário para continuar a sua vida, fazer as suas modificações e ambientar-se ao seu novo eu. A amizade faz com que as pessoas tenham o sentimento de pertença, se sintam amadas e confortáveis por terem o outro que as possa ouvir.

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    1. (recebi esta resposta ao artigo de um leitor que se prefere manter anónimo)

      Sou leitora do Diário do Minho, jornal que muito me agrada, por todos os motivos e mais um, aliado ainda ao facto, nada lamentável, da minha Educação não me ter deixado nenhum trauma estilo psicológico vulgar. Explico, Educação é Educação, o resto são cantigas e não perder o Norte é um ditado do nosso povo –“Voz do povo, voz de Deus”.
      “A indiferença é morrer com a solidão aos pés da cama” é o título de um artigo publicado neste jornal no dia 17 de abril, assinado por Victor Blanco de Vasconcelos, relacionado com o livro de Afonso Valente Baptista, um alentejano que, por dentro de todo o seu saber e sentir pôs, sabiamente, o dedo na ferida das consequências da falta de amor e sentido nesta sociedade que se excita muito com a eutanásia, o aborto, entre outras pseudo liberdades perfeitamente descontextuadas numa sociedade que sofre e agoniza por falta de amor verdadeiro, entre e pais e filhos, entre marido e mulher, entre avós e netos.
      Alertar, apresentar respostas positivas e soluções viáveis, com a FAMÍLIA é, de todo, o melhor antídoto contra a depressiva e insustentável mania de insistir em legislar para matar…até me arrepio só de escrever esta frase, mas é o que os senhores deputados, alguns…, do paralamento europeu tem tentado fazer, como se os onerosos vencimentos e outras mordomias que recebem, em consequência dos nossos impostos, lhes desse a liberdade de impor eutanásias, etc, etc…
      Aproxima-se Maio e com ele eleições europeias, espero ardentemente, que estes artigos e estas perspectivas de bem tratar os idosos, desenvolvidas por quem aprendeu a fazer o bem e a fazer bem o que aprendeu, deem lugar a um futuro menos pessimista para todas as idades…

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  13. Notícias de última hora:

    Homem negro assalta ourivesarias em Lisboa; Jovem deficiente é TOP 10 no youtube; Prémio Nobel da Literatura é atribuído a uma Mulher; Sexagenário é vítima de maus tratos!
    Como é óbvio isto que vos trago, são notícias fictícias mas que, além de nos serem um pouco familiares, têm também qualquer coisa de verdade- todas elas representam o preconceito: Racismo, capacitismo, sexismo e idadismo (respetivamente)!
    Porquê referenciar que o homem é negro se quando é branco não o fazem? Porquê o espanto de ser uma pessoa com deficiência ou uma mulher a fazerem grandes feitos? E qual a necessidade de referenciar a idade do senhor, quando se trata de maus-tratos? Afinal os maus-tratos acontecem a todos e em qualquer idade…
    Um indiano, um bebé, um anão são ou não são pessoas? Todas estas denominações desnecessárias enfraquecem o ser-humano, porque são atribuídas de forma pejorativa, como se de um defeito se tratasse. Promovem a destruição da auto-estima e a vergonha de se ser quem é!
    Todas as pessoas são pessoas e merecem ser tratadas como tal! Chega de clichês e de associações fáceis e pouco introspetivas.
    A pertença humana deveria ser natural e não necessário recorrer a programas artificiais de inclusão que têm bom-fundo mas paralelamente acentuam a “diferença”. Qual diferença? Não deveria existir este sofrimento.
    A Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia refere que: “É proibida a discriminação em razão, designadamente, do sexo, raça, cor ou origem étnica ou social, características genéticas, língua, religião ou convicções, opiniões políticas ou outras, pertença a uma minoria nacional, nascimento, deficiência, idade ou orientação social.”
    Temos de tratar os seres humanos como humanos que são: ouvir, olhar, tocar, respeitar todo e qualquer um sem deixar transparecer antipatia, pena ou repugnância. Mas se isso existir dentro de si, então trate de deixar esse malfadado sentimento em relação ao próximo.

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